domingo, 30 de agosto de 2009


Não, não me olhe desse jeito estranhamente, falsamente cativante. Não, não e não. Dessa vez você não vai sentar aqui do meu lado, não vai me contar as suas histórias de meu-bem-querer, não vai cantarolar ao pé do meu ouvido justamente o que eu quero ouvir. Esse seu jeito todo complacente de ser quase me seduz, mas, no final, apenas me deixa com uma fome monstruosa de tudo o que você me oferece, mas que as minhas mãos não têm capacidade de segurar ou os meus olhos de ver.
Mas, por favor, não me olhe com essa cara de renegada e incompreendida. Eu não nego que já te aceitei mil vezes, te chamei pelo nome, te peguei pela mão e deixei minhas lamúrias mais bonitas com você. Eu sei. E você também sabe; sabe todos os buracos que me deixou e todas as horas perdidas apenas pensando em você.
Então, hoje você pode ir, não adianta nem começar a gastar as suas palavras bem colocadas e nem os seus melhores gracejos.
Hoje eu não estou pra você, expectativa.



O desejo insiste
E desaba em mim
Segue com meus passos
Come com meus dentes


(porque hoje é dia.)

1 comentários:

alana. disse...

EU ADOREI!
você está ficando muito difícil, heim, gata?


sério mesmo, eu gostei muito!

"E você me ocupa, seu radar em mim"