quinta-feira, 21 de maio de 2009


E eu que sempre acreditei na minha racionalidade, vivo, hoje, na superfície da consciência.
Tenho medo de mergulhar nos meus pensamentos, de tentar compreender os enigmas dos fatos, de me aprofundar nas minhas teorias e me perder nos meus motivos.
Vivo na linha tênue entre o visível e o "não quero ver".
Existem tantas coisas que me parecem erradas ou que deveriam ser feitas, mas por motivo maior - foco - prefiro, de forma sutil, coloca-las de lado, bem de lado.
Muitos me diriam que estou certa, mas eu não acho. Por isso vivo desse jeito, meio suspensa na realidade, meio míope pra vida, meio surda para os fatos gritantes.
Desço as escadas, viro a esquina e me esqueço; só me encontro depois, à noite, sozinha e no escuro.


"O mundo não seria tão ruim se pudéssemos sair dele de vez em quando..."
Calvin e Haroldo.

2 comentários:

alana. disse...

Se você acha que está errada, por que continua?
Se você ainda se perguntasse: "isso é o certo?" ainda havia caminho a percorrer: responder a pergunta. Mas a resposta você já tem - pelo menos é o que diz.

Se você não pode aceitar a resposta, não deve se perguntar.
:~~

Karol disse...

Pq o certo e o errado não são imutáveis. Posso achar que estou errada, mas tenho um objetivo que me parece certo.O problema é que, as vezes, essa coisa de certo e errado me deixa louca, sei la.
Ao mesmo tempo que eu pareço estar correta eu posso estar completamente errada, só o tempo pra me responder.

:~~