Tenha a forma que tiver — um bebê, um cristal, um diamante, uma faca, uma pêra, um postal, um ET, uma moça, um patim — ele não se parece a nada que você tenha visto antes. Só está ali, à sua frente, como um punhado de argila à espera de que você o tome nas mãos para dar-lhe uma forma qualquer — um bebê, um cristal, um diamante e assim por diante. E se você não o fizer, ele se fará por si mesmo, o momento presente. Não chore sobre ele. No máximo um suspiro. Mas que seja discreto, baixinho, quase inaudível. Não o agarre com voracidade — cuidado, ele pode quebrar.
-Caio Fernando de Abreu.
Aprendendo, diariamente, a conviver com o meu presente sem tentar mata-lo de alguma forma.
2 comentários:
você vai matá-lo quando você acabar com ele.
AHA!
sacou? sacou?
eu estou aqui torcendo pra que dê tudo certo, gata. VAI DAR! :*
Quando é que tu vai parar de ler Caio Fernando Abreu, heim?
Vôti!
Será que eu vou precisar te dar um livro de Drummond, ou quem sabe de Borges???
:P
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