sexta-feira, 1 de maio de 2009


Tenha a forma que tiver — um bebê, um cristal, um diamante, uma faca, uma pêra, um postal, um ET, uma moça, um patim — ele não se parece a nada que você tenha visto antes. Só está ali, à sua frente, como um punhado de argila à espera de que você o tome nas mãos para dar-lhe uma forma qualquer — um bebê, um cristal, um diamante e assim por diante. E se você não o fizer, ele se fará por si mesmo, o momento presente. Não chore sobre ele. No máximo um suspiro. Mas que seja discreto, baixinho, quase inaudível. Não o agarre com voracidade — cuidado, ele pode quebrar.

-Caio Fernando de Abreu.

Aprendendo, diariamente, a conviver com o meu presente sem tentar mata-lo de alguma forma.

2 comentários:

alana. disse...

você vai matá-lo quando você acabar com ele.
AHA!
sacou? sacou?

eu estou aqui torcendo pra que dê tudo certo, gata. VAI DAR! :*

André Raboni disse...

Quando é que tu vai parar de ler Caio Fernando Abreu, heim?

Vôti!

Será que eu vou precisar te dar um livro de Drummond, ou quem sabe de Borges???

:P