Ah, que esta vida é automática!
Estou exausto da gravitação dos astros!
Vou dar um tiro neste poema horrível!
Vou apitar chamando os guardas, os anjos, Nosso
Senhor, as prostitutas, os mortos!
Venham ver a minha degradação,
A minha sede insaciável de não sei o quê,
As minhas rugas.
Tombai, estrelas de conta,
Lua falsa de papelão,
Manto bordado do céu!
Tombai, cobri com a santa inutilidade vossa
Esta carcaça miserável de sonho...
-Mário Quintana.
Por sua culpa eu saí da inércia, voltei a sentir vontade de viver, vontade de sair desse cotidiano horrível.
Mas não está dando certo.
E agora, o que eu faço com essa vontade?
2 comentários:
guarda.
eu amei o seu blog. vontade de ler de ponta a ponta, me achei em cada trecho do caio e da clarice que vc colocou aqui.
=)
Postar um comentário