Parte I:
Primeiro, partimos. Então surge o sentimento de perda, de fragilidade dos fatos.
Depois com um tempo, com um sofrimento, o novo é consumado. As feridas ainda são visíveis, algumas já cicatrizaram, e você voltou a andar. E, no meio dessa nova caminhada, eis que surge um novo fator: há possibilidade de voltar.
A principio, o entusiasmo é inevitável. Voltar. Reviver. Rever.
Meras ilusões de quem foi e não queria ir, de quem - por medo - deixou para trás um pedaço de si, como suporte, caso o novo fosse muito doloroso.
Mas, o tempo não pára, já dizia a canção. Pura inocência seria pensar que tudo estaria no mesmo lugar, que as pessoas seriam as mesmas, que a vida seria a mesma. Eu não sou a mesma.
Então do entusiasmo se criou o receio, o medo.
Voltar? Reviver? Rever?
Dúvidas cruéis de quem consumou o novo sonhando com o passado e quando acordou percebeu que havia um futuro batendo na porta, na verdade, querendo arrombar a porta.
Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo.