Fim de ano: onde todos ficam bons e perdem os limites no cartão de crédito.
Eu sei que o Natal é uma das datas mais queridas mundialmente - senão a mais - que todos esperam por esse momento. Sei, também, que é bem clichê criticar o natal capitalista, mas, queridos leitores fantasmas, onde o nosso país tropical se encaixa em neves de isopor, papai-noel com galochas e roupas de "lã" e renas!
Está certo que o nosso país, de dimensões continentais, abrange muitos biomas, mas neve e rena? Não estamos nas serras gaúchas, talvez nem lá.
Porém a discrepância não fica apenas na caracterização natalina, surge também na ideologia. Uma típica festa cristã, em que o principal fato seria o nascimento de Jesus, mas poucos lembram disso e se lembram é só para não parecerem perdidos em meio de compras e caixinhas de natal.
Ouvimos, desde pequenos, que se nos comportássemos bem o ano todo ganharíamos presente de natal; ninguém passa o ano nos explicando o "verdadeiro sentido do natal" já que nossa sociedade é, na grande maioria, católica - mais um erro.
Sinceramente, há anos minha concepção católica não funciona direito, mas eu me indigno com esse catolicismo de domingos e de fim de ano - pobreza de alma e de espírito - que só lembram das rezas em momentos de desespero.
Mas é natal, não pensamos nessas coisas. É tempo de paz e amor, para quem tem dinheiro para comprar - a verdadeira magia do natal - amém.
E não poderia faltar, já adiantado:
Feliz Natal, bobinhos.